segunda-feira, agosto 31

PLANO DE AULA DE MATEMÁTICA(INTERPRETANDO GRÁFICOS)

OBJETIVO: INTERPRETAR E PRODUZIR GRÁFICOS E LINHAS>
ESTRATÉGIA: COMEÇAREI A AULA MONTANDO UMA FITA MÉTRICA COM OS ALUNOS QUE  VEIO NO LIVRO DIDÁTICO DELES, PORÉM VOCÊ PODE CRIAR UMA COM ELES.   EM SEGUIDA PEDIREI QUE FORMES DUPLAS E CADA UM DE UMA VEZ TERÁ QUE MEDIR A  ALTURA DO SEU COLEGA. DEPOIS COLOCAREI TODAS AS ALTURAS NO QUADRO E FAREMOS UM GRÁFICO COM AS ALTURAS DOS ALUNOS.
DEPOIS A IMAGINAÇÃO E DE CADA PROFESSOR.
BOA SORTE!!!!
BEIJINHOS!!! 

sábado, agosto 29

CONTINUAÇÃO DO CURSO DE ATUALIZAÇÃO GRAMATICAL

AULA 4
Verbos
O assassino era o escriba
Meu professor de análise sintática era o tipo de sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida.
Regular como um paradigma da primeira conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas,
sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os E.U.A.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(Paulo Leminski)
Os termos em destaque no texto acima são verbos. Verbos são palavras que exprimem
fatos, situando-os no tempo. Esses fatos podem indicar: ação, estado, fenômeno. No
momento em que se fala ou escreve, o processo verbal pode estar em plena
ocorrência, pode já estar concluído ou pode ainda não ter ocorrido. Essas três
possibilidades básicas, mas não únicas, são expressas pelos três tempos verbais:
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presente, pretérito e futuro. Os verbos podem, ainda, estar classificados em três modos:
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O verbo também é essencial para a ação. Não existe oração sem verbo e, às vezes,
basta o verbo para que a oração esteja completa:
Engordei.
Ganhamos!
Está chovendo.
MODOS VERBAIS
MODO INDICATIVO
Exprime um fato certo, real, positivo. Os tempos do modo indicativo são:
Presente – Determina um fato atual (simultâneo ao ato da fala), ou habitual,
permanente:
Neste momento penso em você
A terra gira no espaço
Pretérito imperfeito – Enuncia um fato passado, porém não concluído, um fato que se
prolongou. Pode ainda traduzir um fato habitual, frequente:
Enquanto subia o morro, admirava a paisagem.
Lúcia falava com a professora todas as manhãs.
Pretérito perfeito – Indica um fato completamente realizado, uma ação concluída:
Fui ao dentista ontem.
Naquele dia, acertei todas as questões da prova.
Pretérito mais-que-perfeito – Exprime um fato passado, anterior a outro igualmente
passado. Pode, também, traduzir desejo, em frases optativas:
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Falara com o amigo no ano passado.
Tomara que consiga passar na prova.
Futuro do presente – Enuncia um fato que se há de realizar.
Amanhã viajarei com meus amigos.
Futuro do pretérito – Exprime um fato futuro condicionado a outro ou situado no
passado:
Eu iria à festa, se não chovesse.
Afirmei, naquela ocasião, que não o apoiaria.
MODO SUBJUNTIVO
Exprime em geral ideias subjetivas, hipotéticas. Pode ser conjugado nos seguintes
tempos:
Presente – O presente do subjuntivo normalmente expressa processos hipotéticos, que
muitas vezes estão ligados ao desejo, à suposição:
“Quero que tudo vá para o inferno!”
Suponho que ela esteja em Roma.
Pretérito imperfeito – O pretérito do subjuntivo expressa processos de limites
imprecisos, anteriores ao momento em que se fala ou escreve:
Se eu pudesse, compraria um carro novo.
A falta de tempo não permitia que ele estudasse.
Futuro – O futuro do subjuntivo indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no
momento em que se fala ou escreve:
Quando comprovar sua situação, será inscrito.
Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral.
MODO IMPERATIVO
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Emprega-se para exprimir ordem, proibição, pedido, convite, conselho. Pode ser
utilizado nas formas Afirmativa e Negativa.
Saia já daqui!
Por favor, venha a minha casa!
Não fique sozinho!
Verbos regulares
São aqueles cujos radicais não se alteram e cujas terminações obedecem ao modelo
(paradigma) da conjugação a que pertencem, como no caso dos verbos falar e estudar.
PRESENTE DO INDICATIVO
Falar
Eu fal – o
Tu fal – as
Ele fal – a
Nós fal – amos
Vós fal – ais
Eles fal – am
Estudar
Eu estud – o
Tu estud – as
Ele estud – a
Nós estud – amos
Vós estud – ais
Eles estud – am
Verbos irregulares
São aqueles que apresentam irregularidades no radical ou nas terminações. É o caso
dos verbos perder e medir.
PRESENTE DO INDICATIVO
Perder
Eu perc – o
Tu perd – es
Ele perd – e
Nós perd – emos
Vós perd – eis
Medir
Eu meç – o
Tu med – es
Ele med – e
Nós med – imos
Vós med – is
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Eles perd – em Eles med – em
Verbos defectivos
São chamados defectivos os verbos que não têm algumas formas, isto é, não podem
ser conjugados completamente. Devem, portanto, em alguns casos, ser substituídos
por outros verbos. Ex.: abolir, banir, carpir, demolir, explodir, florir, adequar, colorir, falir,
precaver, reaver, computar.
Os fenômenos da natureza, por exemplo, chover, ventar e as vozes dos animais, miar,
latir, também são verbos defectivos.
VERBO FALIR – Modo Indicativo
Presente
Eu ----------
Tu ----------
Ele ---------
Nós falimos
Vós falis
Eles -------
Pretérito perfeito
Eu fali
Tu faliste
Ele faliu
Nós falimos
Vós falistes
Eles faliram
DICAS
Crê, dê, lê, vê
Pela ortografia vigente, apenas quatro verbos dobram a vogal “e” na terceira pessoa do
plural: crer, dar, ler, ver.
Singular Plural
Crê creem
Dê + EM deem
Lê leem
Vê veem
Obs.:
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Ele tem – Eles têm Ele mantém – Eles mantêm
Ele vem – Eles vêm Ele obtém – Eles obtêm
Verbos abundantes
São aqueles que apresentam mais de uma forma em uma mesma flexão. Isso ocorre
geralmente no particípio, que tem uma forma regular e uma forma irregular (ou curta).
Regular Curta
acender
entregar
expressar
ganhar
gastar
morrer
pagar
suspender
acendido
entregado
expressado
ganhado
gastado
morrido
pagado
suspendido
aceso
entregue
expresso
ganho
gasto
morto
pago
suspenso
Concordância
Existe sempre concordância entre as palavras.
A concordância é a combinação, ou coincidência, em gênero, número ou pessoa que se
faz entre as palavras de uma mesma frase.
Se a concordância não acontece, a frase fica incorreta.
A língua portuguesa estabelece dois tipos de concordância e seus princípios básicos:
- Nominal – adjetivos, artigos, pronomes e numerais concordam em gênero e número
com os substantivos a que se referem.
As nossas primeiras metas foram alcançadas.
- Verbal – o verbo concorda com o seu sujeito em número e pessoa.
Os colaboradores comemoram o sucesso do projeto.
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CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regras específicas:
• quando o adjetivo qualifica mais de um substantivo e é posposto aos
substantivos...
• o adjetivo vai para o plural e a concordância em gênero prioriza o substantivo
masculino.
A empresa oferece localização e atendimento perfeitos.
• ou concorda com o substantivo mais próximo
A empresa oferece atendimento e localização perfeita.
• quando o adjetivo qualifica mais de um substantivo e é anteposto aos
substantivos...
• o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
Você fez ótimas provas e trabalhos.
• quando o substantivo é qualificado por mais de um adjetivo.
• a concordância, geralmente, segue a regra geral (concordam em gênero e
número)
Conheço histórias lindas e inteligentes.
• tratando-se de coisas distintas, o substantivo fica no plural
Admiro as culturas italiana e francesa.
• ou fica no singular e se repete o artigo
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Admiro a cultura italiana e a francesa.
• quando numerais ordinais estiverem antepostos a um único substantivo podem
ser usadas as construções
Subiram até o nono e décimo andar.
Subiram até o nono e décimo andares.
Nota: Se o substantivo vier antes dos numerais, ficará sempre no plural.
Subiram até os andares nono e décimo.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regras específicas:
• sujeito composto e anteposto ao verbo, o verbo vai para o plural
O advogado e o réu retiraram-se da sala.
• se os núcleos dos sujeitos são resumidos pelas expressões tudo, nada,
ninguém, o verbo fica no singular.
O advogado, o réu, o juiz, ninguém ficou na sala.
• sujeito composto e posposto ao verbo, o verbo vai para o plural
Retiraram-se da sala o advogado e o réu.
• ou o verbo concorda com o núcleo mais próximo
Retirou-se da sala o advogado e o réu.
• pessoas gramaticais diferentes, o verbo se flexiona no plural, na pessoa que
prevalece (a primeira prevalece sobre a segunda e esta sobre a terceira).
Tu e eu tomaremos a decisão. (nós)
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(1ª pessoa do plural)
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. (vós)
(2ª pessoa do plural)
Pais e filhos precisam-se respeitar-se. (eles)
(3ª pessoa do plural)
• expressões com o verbo ser.
• substantivo não precedido por determinantes (artigos, pronomes e numerais),
não variam: é proibido, é bom, é necessário, é preciso, é permitido.
É necessário paciência.
• substantivo precedido de artigo ou qualquer modificador, essas expressões
variam concordando com o substantivo.
A paciência é necessária.
Casos que merecem atenção
• sujeitos formados pelas expressões um dos que, um e outro, nem um nem outro,
a maioria de, grande parte de, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
A maioria dos condôminos preferiu / preferiram dividir as despesas.
• sujeitos formados por expressões que indicam quantidade aproximada – mais de
um, cerca de, o verbo concorda com o substantivo.
Mais de uma pessoa foi escolhida.
Cerca de trinta pessoas foram escolhidas.
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• sujeito indica porcentagem, o verbo concorda com o numeral ou com o
substantivo.
1% da classe aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
• quando o sujeito é formado pelo pronome que, a concordância em número e
pessoa é feita com o antecedente desse pronome
Fui eu que fiz.
Fomos nós que fizemos.
• quando o sujeito é o pronome relativo quem, o verbo fica na 3ª pessoa do
singular ou concorda com o antecedente do pronome
Fui eu quem pagou a conta.
Fui eu quem paguei a conta.
Verbos impessoais
• São verbos que não admitem sujeito.
• Permanecem sempre na 3ª pessoa do singular.
Havia muitos estrangeiros na universidade.
Na Amazônia faz invernos chuvosos.
Regência
Quando se fala em regência, fala-se basicamente da relação que há entre as palavras
de uma oração ou entre as orações de um período.
REGÊNCIA VERBAL
• verbos com ideia de “movimento para”, empregar preposição “a” e “para”
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Quando cheguei a Espanha.
Ele foi ao cinema.
Ela foi para a Grécia.
• o pronome “lhe” só deve ser usado para substituir termos introduzidos por
preposição
Perguntei a você / Perguntei-lhe.
• cada verbo exige uma preposição para o estabelecimento da relação de
regência.
antipatizar / simpatizar – com
consistir – em
obedecer / desobedecer – a
dignar-se – de
responder – a
preferir – a
REGÊNCIA NOMINAL
Aqui estão vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que regem.
Observe-os atentamente e compare o uso indicado com o uso que você tem feito. Além
disso, procure associar esses nomes entre si ou aos verbos cognatos.
Substantivos
admiração a, por devoção a, para com, por medo a, de
aversão a, para, por doutor em obediência a
atentado a, contra dúvida a cerca de, em, sobre ojeriza a, por
bacharel em horror a proeminência sobre
capacidade de, para impaciência com respeito a, com, para com, por
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Adjetivos
acessível a contíguo a generoso com
acostumado a, com contrário a grato a, por
afável com, para com curioso de, por hábil em
agradável a descontente com habituado a
alheio a, de desejoso de idêntico a
análogo a diferente de impróprio para
ansioso de, para, por entendido em indeciso em
apto a, para equivalente a insensível a
ávido de escasso de liberal com
benéfico a essencial a, para natural de
capaz de, para fácil de necessário a
compatível com fanático por nocivo a
contemporâneo a, de favorável a paralelo a
parco em, de propício a semelhante a
passível de próximo a, de sensível a
preferível a relacionado com sito em
prejudicial a relativo a suspeito de
prestes a satisfeito com, de, em, por vazio de
Advérbios
longe de
perto de
Os advérbios terminados em –mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de
que são formados: paralela a, paralelamente a, relativa a, relativamente a
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AULA 5
Pontuação
Por que usamos os sinais de pontuação?
Os sinais de pontuação são usados para estruturar as frases escritas de forma lógica a
fim de que elas tenham significado. São eles:
- ponto;
- vírgula;
- ponto-e-vírgula;
- dois pontos;
- ponto de interrogação;
- ponto de exclamação;
- reticências;
- aspas
- parênteses;
- travessão;
PONTO
O ponto, ou ponto final, é utilizado basicamente no final de uma frase declarativa.
O garoto ganhou uma bicicleta.
Além de finalizar um período, o ponto é usado em abreviaturas.
etc., S. Paulo
VÍRGULA
A vírgula, em seus vários usos, é fundamental para a correta entoação e interpretação
da frase escrita. Como simples sinal de pausa, ela indica um tempo, geralmente menor
que o do ponto. Compare o ponto e a vírgula como sinal de pausa.
Era de noite, as janelas se fechavam.
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Era de noite. As janelas se fechavam.
O uso da vírgula é basicamente regulado pela sintaxe.
“Só, ela resolve tudo.” e “Só ela resolve tudo.”
Nas frases acima, vimos que uma é bem diferente da outra. A vírgula muda tudo. Na
primeira frase, “só” significa “sozinha”; na segunda, “apenas, somente” .
Ainda há professores de português que ensinam a seus alunos que “vírgula é para
respirar”. Dizem que “toda vez que se respira, coloca-se vírgula”. É óbvio que não é
correto. Se assim fosse, imagine como seria o texto de um asmático. Uma vírgula atrás
da outra.
USO ADEQUADO DA VÍRGULA
• em enumerações: para separar elementos
Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico
literário.(geralmente o último termo da enumeração vem separado pela conjunção e).
• em intercalações: para isolar as palavras ou expressões
Os funcionários, a pedido do diretor, alteraram o horário.
• para isolar aposto e vocativo
A minha avó, Maria, era suíça.
(aposto)
Estamos de férias, pessoal!
(vocativo)
• para marcar elipse do verbo
Sua palavra é a verdade; a minha, a lei.
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• para separar orações coordenadas, exceto as iniciadas pela conjunção e
O rapaz estudou muito, mas não conseguiu resultados satisfatórios.
Atenção: a vírgula e o “e” não são inimigos. Muitas vezes se usa a vírgula antes do e,
principalmente:
• quando liga orações com sujeitos distintos.
Pedro convida Maria, e Joana se irrita.
• para dar ênfase
“Disse, e fitou Don’Ana e sorriu para ela” (Jorge Amado)
Casos proibidos:
- separar sujeito do predicado
- separar o verbo do complemento
- depois da conjunção mas
PONTO-E-VÍRGULA
É usado:
• para dar ênfase à frase,
• para a pausa de um ponto na frase, sem encerrar um período
“Uns se esforçam, lutam, criam; outros vegetam, dormem desistem.”
para separar itens de uma enumeração
O plano prevê:
a) internações;
b) exames médicos;
c) consultas.
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DOIS PONTOS
Usa-se:
• para introduzir uma explicação, um esclarecimento.
“Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma olha de dentro para fora, outra
que olha de fora para dentro”. (Machado de Assis)
• para introduzir uma citação ou a fala de um personagem
Depois de um longo silêncio, ele disse: é melhor esquecer tudo.
INTERROGAÇÃO E EXCLAMAÇÃO
• ponto de interrogação usa-se no fim de uma frase interrogativa direta
Quem te deu licença?
• ponto de exclamação marca o fim de frases exclamativas, optativas (que
expressam desejo) e frases imperativas
Como é lindo o meu país!
Que Deus te acompanhe!
Vá-se embora!
RETICÊNCIAS
• Interrompem a frase, marcando uma pausa longa. São usadas para indicar uma
hesitação, incerteza ou um prolongamento de ideia.
Bem, eu queria...Você sabe muito bem o que eu quero...
ASPAS
São usadas:
• para assinalar citações textuais
O presidente afirmou, em seu discurso:
“Toda corrupção será combatida”.
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• para indicar que um termo é gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em
sentido figurado
Minha turma é “fissurada” nessa música.
TRAVESSÃO E PARÊNTESES
• São usados para esclarecer o significado de um termo e intercalar reflexões,
comentários.
Granada (último refúgio dos árabes) foi conquistada em 1492.
Mas agora – pela centésima vez o pensava – não podia admitir aquelas mesquinharias.
• O travessão também é usado em diálogos
- Com quem você esteve?
- Com a Maria e o Edu.
Problemas gerais da língua culta
Há conhecimento de que nossa língua está sendo mal escrita e pior ainda falada.
Sabemos que se trata de uma das línguas mais difíceis do planeta, mas nada justifica
que se despreze o seu ensino e o seu aprendizado.
A língua portuguesa tem sofrido muitas agressões. E não é o povo, que fala do seu jeito
peculiar, mas profissionais liberais, formados em nível superior, que não sabem se
expressar, escrevem mal e são pouco afeiçoados à leitura. Quem não lê, dispõe de um
vocabulário extremamente limitado.
Portanto, caro estudante, muita leitura!
Eis alguns deslizes para nunca cometer...
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“Menas”
Erro grosseiro. Menos não tem feminino. Por isso: menos gente (e nunca “menas”
gente).
“Chego”, “trago”
Nenhuma dessas formas existe. Assim: Tinha chegado (e nunca “tinha chego”). / Tinha
trazido (e nunca “tinha trago”).
“Seje”, “esteje”
As flexões do verbo são seja e esteja.
Não erre mais...
Colocação
O termo colocação deve ser usado apenas para designar o ato de colocar, arrumação,
disposição. E não como equivalente à observação, sugestão, ressalva ou ideia. Veja,
pois, como dizer: A ideia (e não “a colocação”) apresentada pelo deputado era original./
Trata-se de uma observação (e não “colocação”) equivocada./ Ele fez uma sugestão (e
não “colocação”) a respeito. Igualmente ninguém deve usar frases como: Eu gostaria de
“colocar que” é hora de fazer as reformas (mas eu gostaria de observar que é hora de
fazer as reformas)./ Ele “colocou que” todos deviam retirar-se (mas ele sugeriu que
todos deviam retirar-se).
Não vá “estar anunciando”
Esse uso inadequado do gerúndio para exprimir o futuro se tornou um modismo
incontrolável, presente principalmente na fala das pessoas, em frases como: Vou estar
passando o fax para o senhor amanhã./ Vamos estar enviando os convites na próxima
semana./ O senhor pode estar chegando para a consulta às 16 horas.
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Redundâncias ou Pleonasmos
“Elo de ligação”: Elo significa cadeia, ligação. Portanto, elo de ligação nada mais é
que “ligação da ligação”.
“Manter o mesmo”: A pessoa pode manter outro?
“Pequenos detalhes”: Não existem detalhes grandes.
“Planos para o futuro”: Use plano apenas. Ninguém faz planos (ou projetos) para o
passado.
“Surpresa inesperada”: Ainda não nasceu a “surpresa esperada”.
“Todos foram unânimes”: Se são todos, têm de ser unânimes. Use por exemplo, “eles
foram unânimes”.
“Criar novos empregos”: Use criar, somente. Não se cria nada velho.
Dicas para o processo seletivo
Como se comunicar:
• procure enriquecer o seu vocabulário (leia!) e evite utilizar gírias.
• fale com educação: agradeça, peça licença, não interrompa os outros.
• fale corretamente, utilizando inflexões de voz adequadas ao contexto. Erros
básicos, como eliminar o plural, são imperdoáveis.
• procure elaborar mentalmente a sua mensagem antes de falar.
• atente-se aos vícios de linguagem, expressões que se repetem inúmeras vezes
em sua fala, como o uso de tipo, né, ta ligado...
• não fale demais e nem de menos – saiba fazer as intervenções na hora certa.
• fale com calma de forma que o receptor compreenda a mensagem que você
quer passar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Editora
Nacional, 1993
HELP! Sistema de Consulta Interativa – Língua Portuguesa. São Paulo: Klick
Editora, 1996
MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Paulo: Jornal O Estado de São Paulo,
1990
NETO, P. C. Ao pé da letra. Rio de Janeiro: CP&A, 2001
NETO, P. C. Nossa língua em letra e música. São Paulo: EP&A, 2002
NISKIER, A. Na ponta da língua. 3ª edição. São Paulo: CIEE, 2005
OLIVEIRA, Édison de. Todo o mundo tem dúvida, inclusive você; Português. 2ª
edição, Porto Alegre: Sagra, 1989
PASQUALE & ULISSES. Gramática da Língua Portuguesa, São Paulo: Scipione,
1998

O porquê de escrever e falar corretamente(FIZ ESSE CURSO DE ATUALIZAÇÃO GRAMATICAL E ACHEI LEGAL E QUERO DIVIDIR COM VOCÊS)

AULA 1
O porquê de escrever e falar corretamente
A comunicação escrita é um reflexo das nossas leituras, de nossa intimidade com as
palavras, dos valores e dos conceitos de vida que defendemos.
Errar é humano... Mas ninguém gosta de comprovar sua natureza humana por esse
caminho. Nem mesmo quando o erro é de Português. Vem sempre uma
frustraçãozinha danada se a gente erra, mesmo sabendo que se comunicou.
Além de escrever certo, é preciso ter amor à leitura, desenvolver o hábito da reflexão
e ser capaz de produzir textos agradáveis e convincentes.
“Saber escrever bem é transmitir ideias consistentes com a agilidade que os meios
de hoje impõem. Saber escrever bem é ser um artista das palavras. E todos nós,
empresas e profissionais, precisamos redescobrir urgentemente a eficiência dessa
arte” (Paulo Nathanael Pereira de Souza).
“Na vida pessoal, dominar um idioma pode ser a base de projetos de vida bem
sucedidos. Já no campo profissional pode fazer a diferença entre o emprego e
desemprego” ( Luiz Gonzaga Bertelli).
A competência profissional é questionada quando um indivíduo se expressa mal,
pois pode ser avaliado como alguém sem preparo e com lacunas na sua formação.
Quem escreve bem, pensa bem, expressa com clareza suas ideias, apresenta
argumentos capazes de convencer pessoas.
Etimologicamente, comunicação significa tornar comum, trocar opiniões, fazer saber,
implica participação, interação, troca de mensagens. É um processo de participação
de experiências, que modifica a disposição mental das partes envolvidas.
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As relações de trabalho reclamam linguagem compreensível para que se estabeleça
o entendimento comum.
Língua Falada e Língua Escrita
Embora sejam expressões de um mesmo idioma, a língua falada e a língua escrita
nem sempre são equivalentes, pois cada uma tem a sua especificidade.
Existem pelo menos dois níveis de língua falada: a culta (ou padrão) e a coloquial
(ou popular). A linguagem coloquial também aparece nas gírias e na linguagem
familiar, por exemplo. Essas variações são explicadas por vários fatores:
• Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma palestra ou uma
festa entre amigos;
• Grau de instrução do falante e também do ouvinte;
• Grupo a que pertence o falante (este fator é determinante na formação da
gíria).
Dessa forma, devemos saber a situação adequada para utilizarmos cada nível da
língua falada, para não cometermos equívocos, como no quadro a seguir:
A língua escrita, por sua vez, só é aprendida depois que dominamos a língua
falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos; está mais
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subordinada às normas gramaticais e, portanto, requer mais atenção e
conhecimento. A língua escrita assume um caráter mais rígido quanto à forma,
sobretudo quando se trata de uma língua literária ou científica, na qual se usa a
norma culta.
Apesar da maior rigidez da língua escrita em relação à língua falada, não
podemos negar que a forma escrita também apresenta variações. Imagine uma
pessoa, que possua um bom nível de escolaridade, escrevendo uma carta ao
presidente da empresa em que trabalha e um bilhete para sua empregada
doméstica. A seleção de palavras utilizadas, bem como a estrutura de cada
texto não será a mesma, dado o caráter formal do primeiro e informal do
segundo. Além disso, existe a variação das diferentes linguagens: técnica,
jurídica, literária, entre outras.
Principais diferenças entre a língua falada e a língua escrita:
Língua falada
• Requer a presença de
interlocutores;
• É espontânea e imediata;
• A expressividade permite prescindir
de certas regras;
• É repetitiva e redundante.
Língua escrita
• Comunicação unilateral;
• Está mais subordinada às normas
gramaticais;
• Mais correção na elaboração das
frases;
• É mais sintética e objetiva.
O uso do há e o a
Emprega-se a preposição a para indicar tempo futuro, fatos que ainda irão acontecer
ou para intervalo de tempo.
A encomenda chegará daqui a dois dias.
De hoje a duas semanas ela virá visitar-nos.
Usa-se, ainda, para indicação de distância:
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Chegaremos daqui a cem quilômetros.
Emprega-se há para indicar tempo passado, fatos que já aconteceram. Neste caso,
há pode ser substituído por faz.
A encomenda chegou há (faz) dois dias.
Há (Faz) alguns anos ele vive aqui.
A forma há também tem outros empregos e o mais comum é no sentido de existir.
Há (Existem) muitas pessoas neste recinto.
Não confunda:
“A” – Preposição, artigo e pronome
Cuidado para não confundir a preposição “a”, o artigo “a” e o pronome “a”.
A preposição é invariável; o artigo e o pronome se flexionam de acordo com o termo
a que se referem.
Veja os exemplos a seguir:
“Não dou atenção a fofocas” (preposição – note que não se estabelece concordância
com o substantivo feminino plural “fofocas”), ou seja, a (singular) fofocas (plural).
“As fofocas dessas pessoas, ignorou-as” (artigo definido e pronome
respectivamente – estabelecem concordância com o substantivo feminino no plural
fofocas).
Lembre-se: Há para passado e A para futuro!
O QUE É CRASE?
Crase é o nome que se dá à fusão de duas vogais idênticas - preposição a + artigo
a(s).
Vou a + a cidade.
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à
• quem vai, vai a algum lugar: o verbo ir é regido de preposição
• a palavra cidade admite o artigo a.
ATENÇÃO:
Crase não é o nome do acento. O acento se chama “grave”.
Com ele, acento grave, indicamos a ocorrência da crase. Portanto a crase é
representada pelo acento grave ( `).
Regras para utilização da crase
Regra geral
A regra geral determina que ocorrerá crase:
• Se o termo regente exigir a preposição a: chegar a, contrário a.
• Se o termo regido aceitar o artigo a/as: a escola, a ideia.
Para se certificar, substitua o termo feminino por um masculino. Se a contração ao
for necessária, a crase será utilizada.
Vou à praia./ Vou ao clube.
Vou à escola./ Vou ao colégio.
Emprego obrigatório da crase
1) Nos casos em que a regra geral puder ser aplicada.
Dirigiu-se à professora. / Dirigiu-se ao professor.
2) Na indicação do número de horas, quando ao trocar o número de horas pela
palavra meio-dia, obtivermos a expressão ao meio-dia.
Chegou às oito horas em ponto. Retornou ao meio-dia em ponto.
3) Nas indicações de:
- tempo: à noite, à tarde, às vezes etc.;
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- modo: às pressas, às ocultas, às escondidas etc.;
- lugar: à cidade, à rua.
4) Nas expressões:
- à maneira de, à moda de, à procura de, à risca, à esquerda, à frente, à custa de,
à medida que, à proporção que, à espera de, à entrada, à saída etc.
Emprego facultativo da crase
1) Diante de pronomes possessivos femininos.
Vou a sua casa./Vou à sua casa.
2) Diante de nomes próprios femininos.
Não me referia a Eliana./Não me referia à Eliana.
3) Depois da preposição até.
Foi até a porta./Foi até à porta.
Casos em que nunca ocorre a crase
• Diante de palavras masculinas.
Ele está na Bahia a serviço.
Não existe o artigo “a” sobreposto à preposição “a”, porque não admitimos um artigo
feminino diante de uma palavra masculina.
• Antes de expressão de tratamento.
Trouxe uma mensagem a Vossa Majestade.
• Em expressões formadas por palavras repetidas.
Ficou frente a frente com o policial.
• Quando o a estiver no singular e a palavra seguinte no plural.
Como posso resistir a pessoas tão encantadoras?
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• Antes de artigos indefinidos um/uma.
Chegamos a um bom acordo.
• Antes da maioria dos pronomes.
Nada contarei a ela.
A qualquer pessoa/ a você/ a ninguém/ a poucas pessoas
• Antes de verbos.
Blusas a partir de R$ 15,00.
Casos especiais
• Diante de nome de cidade.
Para saber se o a tem o acento indicativo de crase, descubra se o nome da cidade
aceita artigo: use o verbo VOLTAR . Se houver contração de preposição e artigo,
existirá crase.
Fui à Espanha. / Voltei da Espanha.
Fui a São Paulo. / Voltei de São Paulo.
Obs.: Se o a anteceder a palavra cidade, a crase será obrigatória:
Fui à cidade de São Paulo.
• Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando esta não estiver
determinada.
Não voltarei a casa esta semana.
Não voltarei à casa dos meus pais esta semana.
• Diante de alguns pronomes, podemos utilizar a regra 1, a qual já mencionamos.
Para relembrar: troca-se a palavra feminina por uma masculina equivalente. Se
antes da palavra masculina aparecer ao ou aos, isso indica que se deve usar o
sinal de crase antes da palavra feminina.
Informo o preço à senhora Silvana./Informo o preço ao senhor Silvio.
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Esta é a decisão à qual chegamos./Este é o ponto ao qual chegamos.
• Antes dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo, ocorre crase sempre que o
termo regente exigir a preposição a:
Fui àquele comício. /Sou contrário àquela ideia.
DICAS
Uma outra maneira de verificar a existência da crase é:
1º localize a preposição a normalmente exigida por um verbo ou nome.
2º localize o artigo a normalmente exigido pelo substantivo ou pronome.
Vejamos o exemplo abaixo:
Ele se opõe à reforma.
1) Como informamos, precisamos verificar a presença da preposição, nesse caso
exigida pelo verbo. É necessário perguntar ao verbo: Quem se opõe, se opõe a
algo ou a alguém. Portanto, a preposição existe nessa frase.
2) verificar a presença do artigo, nesse caso exigido pelo substantivo. É necessário
formular frases com o substantivo antecedido por: da (de+a); na (em+a); pela
(por + a) etc. (Eu falo da reforma, eu penso na reforma, eu torço pela reforma).
Portanto, existe a presença do artigo feminino a. Dessa forma, podemos justificar
a presença da crase no caso acima.
Vejamos outro exemplo:
Parabéns a você!
1º localizar o verbo ou nome.
Nome: parabéns - parabéns se dá a alguma pessoa ou a alguém, portanto
identificamos a presença da preposição.
2º localizar o substantivo ou pronome
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Pronome: você – (Eu gosto da você, Não parei de pensar na você.) A frase ficou
estranha, não é mesmo? Portanto não existe o artigo a. Sendo assim, o uso da
crase não pode ser justificado.
Atenção: além dos casos acima, algumas expressões recebem o acento grave,
mesmo que não haja a união de duas vogais. Geralmente, são locuções adverbiais,
prepositivas e conjuntivas femininas. Verifique na tabela abaixo alguns exemplos
frequentes de ocorrência ou não da crase.
LOCUÇÕES COM CRASE
à prestação
à primeira vista
à procura (de)
à chave
à prova d’água
à custa (de)
à queima roupa
à disposição
à espera (de)
à distância de
à medida que
à morte
à venda
à noite
à vontade
LOCUÇÕES SEM CRASE
a álcool
a bordo
a cavalo
a curto prazo
a distância
a gosto
a juros
a óleo
a olho nu
a partir de
a pé
a pedidos
a prazo
a propósito
a seco

AULA 02

Acentuação Gráfica
"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas
palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu
plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a
tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que
cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em
público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas.
Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar
todos os dias para saber quem é que manda.”
(O gigolô das palavras – Luiz Fernando Veríssimo)
Se observarmos com atenção o texto acima, verificaremos que a maioria das
palavras não recebe acento gráfico. O princípio que presidiu à elaboração das
regras de acentuação do português foi justamente o da economia, reservando os
acentos gráficos para a menor parte das palavras.
Com o advento do Novo Acordo ortográfico da Língua Portuguesa, algumas palavras
deixaram de ser grafadas com os acentos: agudo, circunflexo e diferencial. O
contexto definirá a palavra.
LEMBRE-SE:
(´) acento agudo – indica as vogas tônicas das palavras: cajá, fé, saída, constrói,
saúde.
(^) acento circunflexo – colocado sobre as letras a, e, o, indica além de tonicidade,
timbre fechado: lâmpada, pêssego, cômodo.
(`) acento grave – sinal indicativo de crase.
(¨) trema – sinal usado apenas em palavras estrangeiras e em suas derivadas:
Müller, mülleriano.
(~) til – indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão, portão.
Como acentuar as palavras?
Em algumas palavras, a sílaba tônica é necessariamente marcada por um acento
gráfico. É esse acento que define o significado específico de tais palavras. Sua
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ausência dificulta o entendimento e pode modificar completamente o sentido das
palavras. O estudo das regras que disciplinam o uso adequado desses sinais é a
acentuação gráfica.
O acento gráfico que marca a sílaba tônica pode ser agudo – café, indicando
também que a vogal é aberta; ou circunflexo – você, indicando vogal fechada. Na
língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições;
consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse
aspecto:
Palavras Oxítonas → a sílaba tônica é a última.
Só recebem acento gráfico quando terminadas em: a, e, o, em, ens
seguidos ou não de s
Exemplos: sofá, atrás, português, mocotó, armazém, parabéns.
Palavras paroxítonas → a sílaba tônica é a penúltima.
Só recebem acento gráfico quando terminadas em:
- r, i (is), n, l, u(us),x, e um(uns), ã(ãs), os,
Exemplos: açúcar, safári, pólen, fácil, vírus, tórax.
álbum, imã, bíceps,
- ditongo
Exemplos: jóquei, órgão, comércio, história.
Atenção: De acordo com as novas regras do acordo ortográfico, os ditongos abertos
ei e oi das palavras paroxítonas não devem ser acentuados:
alcateia, apoia, ideia, plateia, boia.
Obs.: Não se usa mais o acento no i e no u tônicos nas palavras paroxítonas,
quando vierem depois de um ditongo.
feiura, bocaiuva,
Palavras proparoxítonas → a sílaba tônica é antepenúltima
Todas recebem acento gráfico.
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Árvore, antropófago, caríssimos
AEO!!! EM? ENS??
Podemos falar numa “regra de exclusão”, ou seja, o que vale para oxítonas não vale
para paroxítonas. Sendo assim, paroxítonas terminadas em a – e – o – em – ens,
não levam acento.
Fumaça – serelepe – padeiro – pajem - itens
Atenção!
Ao utilizar a regra da exclusão, verifique se a palavra paroxítona termina em ditongo.
Caso isso ocorra, a acentuação será obrigatória.
vício – astúcia
Regras gerais
• Acentua-se graficamente o ditongo aberto éu.
chapéu – mausoléu
• As vogais i e u levam acento quando formam hiato com a vogal anterior,
aparecem sozinhas na sílaba ou seguidas de s.
Exemplos: fa-ís-ca – sa-ú-de – sa-í-da
• Os monossílabos tônicos terminados em a, e, o, seguidos ou não de s.
Exemplos: brás - pá – gás – más – lá
mês – pé – ré – três
só – dó – xô – nós – pós
As vogais i e u não são acentuadas quando vêm seguidas de nh, i ou u
Exemplos: xi-i-ta - mo-i-nho - ju-iz
Com o advento da nova ortografia também não acentuam-se os ditongos:
- o ei e o oi das palavras paroxítonas;
Exemplos: ge-lei-a – i-dei-a – e-po-pei-a – ji-boi-a - joi-a – he-roi-co
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- os hiatos em ee(m) e oo;
Exemplos: Creem – leem – deem – veem – voo – enjoo – coroo – perdoo
Ditongo: encontro de duas vogais pronunciadas em uma só sílaba.
Hiato: conjunto de duas vogais, pronunciadas separadamente, cada uma
pertencendo a sílabas diferentes – ex.: ru-im, pa-ís, sa-ú-de.
Tonicidade: refere-se à vogal ou sílaba mais forte da palavra.
DICAS: caso você tenha dificuldades para acentuar uma palavra, realize o seguinte
processo:
1º - Divida-a em sílabas;
2º - Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paroxítona ou proparoxítona)
3º - Aplique as regras mencionadas acima.
Acento diferencial
De acordo com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa o acento diferencial
não é mais usado para diferenciar os seguintes pares:
•pára / para, péla (s) / pela(s), pêlo(s) / pelo(s), pólo / polo(s) e pêra / pera.
Exemplos: Ele para a bicicleta na calçada.
Gosto do Polo Norte.
Polo é um jogo interessante.
O pelo do cão é branco.
Gosto de comer pera.
Mas o acento diferencial continua a ser usado nos casos a seguir:
•pôde / pode
→ pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª
pessoa do singular.
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→ pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ele não pôde vir hoje cedo, mas avisou que pode vir mais tarde.
•pôr / por
→ pôr é verbo.
→ por é preposição.
Exemplo: Vou pôr confeito no bolo que foi feito por mim.
• para diferenciar o singular do plural dos verbos ter e vir, bem como de seus
derivados (manter, deter, conter, reter, advir, vir, intervir etc.).
Exemplos: Ela tem um par de sapato. / Elas têm vários pares de sapatos.
Ela vem de muito longe. / Elas vêm de muito longe.
Ele mantém a posição. / Eles mantêm a posição.
Ele detém o comando. / Eles detêm o comando.
Ele sempre intervém. / Eles sempre intervêm.
Ela convém ao marido. / Elas convêm aos maridos.
É muito comum a divergência entre a pronúncia praticada no dia-a-dia e a
recomendada pelos dicionários e gramáticas. Quase ninguém pronuncia recorde,
como recomendam os dicionários. O que se ouve mesmo é récorde. Ou então Nóbel
ao invés de Nobel. É bom lembrar que a pronúncia culta sempre deve prevalecer
nesses casos.
Ortografia
Por que escrevemos a palavra “gostoso” com s, apesar de a sonoridade ser de
z?
A ortografia é a parte da Gramática que indica como devem ser grafadas as palavras
de uma língua. Para se conseguir um bom nível ortográfico seria ideal conhecer a
origem das palavras. No entanto, como isso nem sempre é possível, pode-se contar
com a memória visual, treinada com bastante leitura e redação. Além disso, deve-se
criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias consultas ao dicionário.
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Porém, é importante saber algumas regras que podem resolver boa parte das
dificuldades.
REGRA GERAL
Palavras derivadas mantêm, na medida do possível, as características de grafia da
palavra primitiva:
Atenção para as exceções!
Síntese – Sintetizar
Ênfase – Enfatizar
Catequese - Catequizar
DICAS ORTOGRÁFICAS
Letras G / J
G J
Palavras terminadas em -agem, -igem, -
ugem, (garagem, vertigem, ferrugem...).
Exceção: lambujem e pajem.
Palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -
ógio, -úgio (relógio, refúgio, estágio, colégio,
prodígio...).
Palavras de origem africana ou indígena
(jiló, Ubirajara, acarajé, pajé...).
Derivadas de palavras que possuam G
(rabugento/rabugem, selvageria/selvagem)
Derivadas de palavras que possuam J e
verbos que terminem em -jar ou –jear
(gorjeta/gorja, nojento/nojo, cerejeira/
cereja, arranjo/arranjar ...).
Atente para a grafia das seguintes palavras:
agilidade, fugir, tigela, monge...
Atente para a grafia das seguintes
palavras: jejum, jiló, laje, rejeição...).
Primitiva Derivadas
Ânsia ansiedade – ansioso
Cruz cruzamento – cruzar – cruzeiro
Pesquisa pesquisar – pesquisador – pesquisando
Casa casarão – casebre – casinha
Liso lisinho – alisar - alisamento
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Letras SS / Ç
SS
(só é grafado entre vogais)
Ç
(só é grafado antes de a, o, u)
Pretérito imperfeito de todos verbos
(corrêssemos, cantássemos...).
Verbos em -ecer, -escer
(anoiteça/anoitecer, cresça/crescer...).
Palavras ou radicais iniciados por s que
entram na formação de palavras
derivadas ou compostas
(homossexual/homo+sexual).
Sufixos ação, aça, aço, iça, iço, uça,
uço (reação, ricaço, carniça, caniço,
carapuça...)
Terminação dos superlativos (lindíssimo,
fofíssima...).
Palavras de origem árabe, indígena e
africana (paçoca, muçulmano,
miçanga...).
Letras X / CH
X CH
Após um ditongo. (peixe, ameixa, baixo,
paixão...).
Cuidado com a exceção recauchutar e
seus derivados
Depois da sílaba me- (mexer,
mexerico...)
A palavra mecha (substantivo) é uma
exceção.
Depois da sílaba en- (enxoval,
enxaqueca, enxada...).
Palavras iniciadas por ch que recebem o
sufixo en- (enchumaçar/chumaço,
enchiqueirar/chiqueiro).
Em palavras de origem indígena ou
africana (orixá, abacaxi, xavante...).
Verbos como encher, encharcar e seus
derivados (preencher, encharcado...).
Atente para a grafia das seguintes
palavras: Caxumba, bruxa, laxante,
puxar, graxa...
Atente para o uso de ch nas seguintes
palavras: Bochecha, chuchu, flecha,
pichar...
Letras S / Z
S Z
Nas formas dos verbos pôr, querer e
seus derivados (pusesse, quisesse,
repusesse...).
Sufixo formador de verbo –izar (civilizar,
realizar, modernizar...).
Sufixos -isa, -ês, -esa usados na
constituição de vocábulos que indicam:
profissão, nacionalidade, estado social e
títulos (baronesa, norueguês,
sacerdotisa, profetisa, cortês,
camponês...).
Nos sufixos –ez, eza, formadores de
substantivos abstratos (timidez, surdez,
invalidez, avareza...).
Sufixo -oso formador de adjetivos
(amoroso, atencioso, gasoso...).
Observe o uso da letra z nas seguintes
palavras: buzina, coalizão, cuscuz, giz,
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prazeroso, talvez, verniz....
Após um ditongo (maisena, lousa,
ausência...).
Em muitas palavras o fonema /z/ é
representado pela letra x: exaltar, exato,
inexistente, exuberante, exótico...
Palavras Homônimas
Não só quando estamos nos comunicando em outro idioma, corremos o risco de
cometer certos “deslizes”. Em português, isso também acontece. Por exemplo: na
hora de falar em que divisão da empresa você trabalha, não há problema. Mas
quando é necessário escrever uma carta para um superior? Afinal, você trabalha na
seção, na sessão ou na cessão de vendas? Muita gente se confunde com essas
palavras que possuem pronúncia igual, mas têm uma ou outra letra diferente.
Nesses casos, o que resolve mesmo é ter hábito de leitura para saber qual termo
deve ser usado em cada situação.
Palavras Homônimas são as palavras que se pronunciam de modo idêntico, mas
diferem pelo significado. Em geral, não há coincidência de sentido entre as palavras
homônimas. Veja alguns exemplos: cela (cubículo) e sela (arreio), coser (costurar)
e cozer (cozinhar), entre outros.
Segue abaixo uma lista com os exemplos mais comuns:
ACENTO – sinal gráfico (acento agudo, circunflexo etc.), sotaque.
ASSENTO – lugar para sentar.
CAÇAR – perseguir animais.
CASSAR – tornar sem efeito alguma decisão ou cargo.
CENSO – recenseamento, estudo sobre uma população.
SENSO – discernimento, juízo.
CESSÃO – ato de ceder.
SEÇÃO – divisão, departamento.
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SESSÃO – reunião, assembleia, repetição de um espetáculo no mesmo dia.
CONCERTO – composição de instrumentos, espetáculo musical.
CONSERTO – reparo, reforma.
ESTRATO – camada, nível.
EXTRATO – produto da extração de alguma coisa (extrato de banco, extrato de
tomate, etc.)
TACHAR – rotular, pôr defeito em alguma coisa ou alguém.
TAXAR – regular preço, estipular valores.
VIAGEM – substantivo. Ato de ir de um a outro lugar.
VIAJEM – uma das formas conjugadas do verbo “viajar”.
PALAVRAS PARÔNIMAS
São palavras que apresentam, quanto à grafia ou à pronúncia, apenas semelhança,
e não coincidência total. Elas diferem quanto ao sentido e também costumam
provocar dúvida quanto ao emprego correto. É o caso, por exemplo, de pares como
flagrante (evidente) e fragrante (aromático), comprimento (extensão) e
cumprimento (saudação, execução).
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AULA 03
Os Porquês: Por que / Porque / Por quê / Porquê
POR QUE


Usa-se:
• No início de frases interrogativas.
Por que você demorou?
• Quando puder ser substituído por um pronome relativo (pelo qual, por quais...).
Não sei por que razão decidiu partir.
• Sempre que estiverem subentendidas ou expressas as palavras “motivo” e
“razão”
Ninguém sabe por que (motivo) deixou o emprego.
• Quando indica finalidade, equivalendo a “para que”, “a fim de”.
Todos lutamos por que haja maior justiça social.
POR QUÊ
Usa-se:
• No final de frases interrogativas.
O diretor nos advertiu por quê? / Ainda não terminou? Por quê?
PORQUE
Usa-se:
• Quando equivale a “pois”, “já que”, “uma vez que” (causa).
A situação agravou-se porque muitas pessoas se omitiram.
PORQUÊ
Usa-se:
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• Usa-se quando substitui as palavras “motivo”, “razão” e normalmente surge
acompanhada do artigo “o” ou do artigo “um”. Como se trata de um substantivo,
pode ser pluralizado sem qualquer problema:
Não é fácil encontrar o porquê do problema.
Dê-me ao menos um porquê para sua atitude.
Esses são os porquês da vida.
Pronomes
Pronome é a classe de palavras que substitui um nome ou o determina. Ele sempre
aparece em referência a uma das três pessoas do discurso: primeira, segunda ou
terceira, do singular ou do plural.
Ela fugiu com nosso dinheiro
(1ª pessoa do singular) (1ª pessoa do plural)
O pronome, ao contrário do substantivo, não tem significado único, próprio.
Seu significado sempre dependerá do contexto:
Falei com o professor; ele entendeu o caso.
Pensei em minha mãe e na falta que ela me faz.
Pronomes pessoais
Sua função básica é substituir um nome, indicando diretamente uma das três pessoas
do discurso:
1ª pessoa (quem fala) : eu, nós
2ª pessoa (com que se fala): tu, vós
3ª pessoa (de quem se fala): ele, ela, eles, elas.
Pronomes demonstrativos
Indicam a posição dos seres relativamente às pessoas do discurso.
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Variáveis Invariáveis
este, esta, estes, estas Isto
esse, essa, esses, essas Isso
aquele, aquela, aqueles, aquelas Aquilo
ESPAÇO
 este(s), esta(s) e isto indicam que o ser está perto de quem fala.
Esta blusa que estou usando é nova.
 esse(s), essa(s) e isso indicam que o ser está perto da pessoa com quem se fala.
O que é isso que está em sua mão?
 aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam que o ser está longe de quem fala e também
da pessoa com quem se fala.
Quem é aquele rapaz que está do outro lado da rua?
FRASE/TEXTO
 este(s), esta(s) e isto para indicar algo que vai ser falado (ou escrito) mais à frente.
Ela me disse isto: venha cá!
O assunto é este: Educação.
 esse(s), essa(s) e isso para indicar algo que já foi falado (ou escrito) anteriormente.
Venha cá! Foi isso que ela me disse.
Educação. Esse é o assunto.
DICA:
Para fazer referência a dois elementos já citados na frase, usa-se “este” para indicar o
último elemento e “aquele” para indicar o primeiro elemento.
Beto e João vieram. Este (João) é falante, mas aquele (Beto) é calado.
Visitei Miami e Roma. Nesta (Roma) fiz várias compras; Naquela (Miami) conheci
muitos lugares.
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4
Colocação pronominal
Muitas pessoas têm dúvidas sobre a correta utilização dos pronomes oblíquos átonos.
Antes de mais nada, vejamos quais são eles:
Pronomes oblíquos átonos
ME, NOS, TE, VOS
O, A, OS, AS, SE
LHE, LHES
Esses pronomes, em relação ao verbo, podem estar :
 antes do verbo (próclise)
Essa é a equipe que me auxiliou.
 depois do verbo (ênclise)
Mostrei-lhe todos os livros do acervo.
 no meio do verbo (mesóclise)
Poder-se-ia dizer que ela era muito comunicativa.
Dicas:
Usos da ênclise:
 Quando o verbo inicia a oração.
Expliquei-lhe todo o serviço.
 Quando há pausa antes do verbo.
Aqui, fala-se.
Usos da próclise (Quando, antes do verbo, houver uma palavra que tenha força atrativa
sobre o pronome oblíquo):
 As palavras negativas: não, nada, nunca, jamais etc.
Ela não me disse o que queria.
 Os advérbios: sempre, já, agora, talvez, ali etc.
Ele sempre nos diz isso.
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 Os pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo etc.
Esses são os cursos que me ajudaram.
 Os pronomes indefinidos: tudo, ninguém, alguém etc.
Alguém o procurou na faculdade.
 Os pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), aquele(s), isto, aquilo etc.
Isso me perturbou muito.
 As conjunções subordinativas: que, se, quando, embora, como, mesmo que etc.

PRODUÇÃO TEXTUAL

– Desenvolvendo ideias - Organizando ideias
A produção de um texto dever sempre levar em consideração o conhecimento já
existente.
Temos a capacidade de questionar e podemos repensar, refazer, reestruturar e
aperfeiçoar nossas ideias. Mas às vezes temos dificuldade para expressá-las, porque:
· não amadurecemos nossas ideias suficientemente;
· não temos as informações e os dados necessários para desenvolver nossas
ideias;
· não estamos explorando nossa capacidade de pensar.
Aprende-se a escrever, escrevendo. Não comece um texto sem antes fazer um esboço,
mesmo sabendo que este inicialmente só vai ter a função de roteiro e que sofrerá
modificações antes e durante a redação.
Um método simples para encadear ideias começa com a anotação de todas elas, sem
se preocupar com uma sequência. Escreva tudo que tem em mente numa folha de
papel, não se preocupe com a lógica, nem com a gramática. Isso surgirá mais tarde no
processo quando for avaliar e organizar as ideias.
Pensar supõe diálogo e ao escrever precisamos sempre ter presente que nossa meta
são os leitores. Quando se sabe para que o receptor precisa das informações que se
tem a transmitir, é possível chegar à organização ideal do texto. Isso permite
dimensionar o valor que cada uma das informações tem para o leitor naquele momento,
o que é fundamental para se determinar quais as que merecem maior destaque, quais
as que devem ficar em segundo plano ou mesmo que detalhes devem ser desprezados.
Se você tiver informações, será capaz de deixar as ideias fluírem.
Pensar nos permite mentalmente, fazer interação com o mundo à nossa volta.
Por meio do pensamento, elaboramos todas as informações que recebemos e
orientamos as ações que interferem na realidade e organização de nossos escritos. O
que lemos é produto de um pensamento transformado em texto.
Cada um de nós tem seu modo de pensar e, quando escreve, procura organizar as
ideias de um modo que facilite a compreensão do leitor.
Comunicação através da escrita
Para haver comunicação deve existir um espaço, um vazio, uma lacuna entre o que o
emissor tem a dizer e o que o receptor sabe.
A finalidade de escrever é comunicar totalmente o que você quer dizer. Só o medo
pode impedir um indivíduo de escrever se ele é capaz de ler ou fazer uma
apresentação, ou ambos. Todo mundo é um escritor. Qualquer indivíduo alfabetizado
escreve de vez em quando bilhetinhos para os filhos, cartas para os pais, memorandos
para os colegas de trabalho, relatórios para a diretoria.
A escrita é usada para representar os sons. Você controla totalmente as palavras
quando escreve. Pode dizê-las em voz alta primeiro e ouvir como soam aos seus
ouvidos, perguntando se fazem sentido. Pode pronunciá-las subvocalmente e perguntar
se transmitem o que deseja, e mais ainda, pode ter várias chances de acertar antes de
mandar a mensagem a alguém, reescrevendo o que já escreveu.
A comunicação escrita é a transmissão da mensagem através da mão e não pela boca.
A principal vantagem desse tipo de comunicação está no controle total da forma como
as palavras saem, cada um as controla mesmo que estejam envolvidas por filtros que
obscurecem seus significados ou estejam carregadas de valores pessoais. Com a
palavra escrita a pessoa tem a chance de dizer o que pretende e transmitir o significado.

Criando estrutura para as ideias
As partes que compõem o texto – a introdução, o desenvolvimento e a conclusão,
devem se organizar de maneira equilibrada.
A introdução é uma entrada no assunto e caracteriza-se como um argumento inicial.
Apresenta a ideia central do texto. Essa apresentação deve ser direta, evite “rodeios”
para entrar no assunto, bem como os “chavões”, por exemplo: “Desde os primórdios da
civilização que o homem...”.
O tamanho da introdução raramente excede a 1/5 do texto. Essa proporção não vale
para textos muito curtos, nestes, a introdução pode ser o próprio título. Nos textos
longos, de várias páginas, a introdução pode ser um capítulo ou uma parte precedida
por subtítulo. Nesse caso, poderá ter vários parágrafos. Em textos curtos, de 25 a 80
linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
O desenvolvimento é a parte maior do texto, responsável pela relação entre a
introdução e a conclusão. Nessa parte são apresentadas as ideias, os dados, os
argumentos que sustentam e explicam as posições do autor.
Podemos comparar o desenvolvimento a uma ponte. De um lado está a introdução. Do
outro, a conclusão. Essa ponte é formada por ideias bem organizadas numa sequência
que permite a relação equilibrada entre os dois lados.
Desenvolvimento
introdução conclusão

No desenvolvimento o autor do texto revela sua capacidade de argumentar, defende
seus pontos de vista e tem de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. Esta parte do
texto tem a função de fundamentar as conclusões.
Para uma boa redação do texto, é necessário que se tenha clareza de qual será a
conclusão. Por isso é tão importante planejar o texto.
O desenvolvimento ocupará aproximadamente 3/5 do texto, no mínimo. Em textos
longos, o desenvolvimento pode ter capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Em
textos curtos, terá alguns parágrafos.
Existem duas principais falhas no desenvolvimento:
· o desvio da argumentação – o autor toma um argumento secundário e se
distancia da discussão inicial, ou então, concentra-se em apenas um aspecto do
tema e esquece a sua amplitude (toma a parte pelo todo);
· a argumentação desconexa – acontece quando o autor tem muitas ideias ou
informações sobre o tema e não consegue encadeá-las. Ele também pode ter
dificuldade para estruturar suas ideias e definir uma linha lógica de raciocínio.
A conclusão é a parte mais importante do texto, é o seu ponto de chegada. Os dados
utilizados, as ideias e os argumentos convergem para este ponto em que a discussão
ou a exposição se fecha.
Na sua estrutura normal, a conclusão não deve deixar abertura para continuidade da
discussão, tem o valor da síntese. Evite repetir argumentos já utilizados, por exemplo:
“Portanto, como já dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”.
Proporcionalmente o tamanho da conclusão é equivalente ao da introdução, ou seja,
1/5. Essa é uma qualidade dos textos bem redigidos.
Programa CIEE de Educação a Distância
7
Nas conclusões que ficam muito longas, é possível que haja um dos seguintes erros:
· o desenvolvimento não foi suficientemente explorado e invadiu a conclusão;
· o desenvolvimento não foi suficiente para fundamentar a conclusão e há
necessidade de mais explicações;
· o autor está “enrolando”, “enchendo linguiça” ou fica girando em torno de ideias
paralelas ou redundantes;
· o autor usa frases vazias, perfeitamente dispensáveis;
· a autor não tem clareza de qual é a melhor conclusão e se perde na
argumentação final.
A conclusão não pode ser uma abertura para novas discussões, exceto quando:
· o autor apresenta ideias polêmicas e deixa a conclusão em aberto para não
influenciar o posicionamento do leitor;
· o autor não fecha a discussão propositalmente, estimulando o leitor a ler uma
possível continuidade do texto, como um outro capítulo;
· o autor não deseja mesmo concluir, mas apenas apresentar dados e
informações sobre o tema que está desenvolvendo;
· o autor quer que o próprio leitor tire suas conclusões e enumera perguntas no
final.
As falhas num texto podem ser evitadas se antes da redação o autor fizer um plano do
que irá escrever. O plano é o roteiro em que organizamos, ou indicamos para nós
mesmos, as ideias e a sequência que utilizaremos no texto. Ele deve ser o mais enxuto
possível.
Para o leitor, o texto deve parecer uma redação inteligente e bem estruturada, que
constrói uma argumentação sólida e lhe permite conclusões enriquecedoras.

Inovação

Inovação

Precisamos parar de fazer as mesmas coisas, repetir os mesmos passos, seguir as mesmas tradições, os mesmos padrões.
Precisamos dar chance ao novo, ao inédito. Sim, é necessário surpreender, inovar.
É necessário deixar de lado o medo, o receio, a acomodação e dar lugar à ousadia, à criatividade. E isso vale para tudo. Quando reinventamos ou criamos, saímos do rotineiro, da mesmice e damos lugar a novas experiências, experiências essas que poderão trazer uma nova forma de ver o mundo, as pessoas, a nós mesmos.
Desde que pautada em princípios éticos, valores morais e virtudes divinas toda inovação é bem vinda. Faça uma análise de 360 graus e identifique as oportunidades existentes: em teu relacionamento com teu pai ou com tua mãe, com teus filhos, com teus amigos, teus irmãos, em tua carreira profissional, em tua vida acadêmica, com teus colegas de trabalho, na tua vida pessoal, na tua vida amorosa, no teu dia-a-dia.
A origem do mundo se deu num ato de transformação: de algo que era trevas, sem forma e vazio veio a luz, a forma, a vida. Até a teoria evolucionista corrobora esse pensamento: de um ato destrutivo (uma explosão), surgiu um universo organizado regido por diversas leis.
É isso: inove, mude, faça diferente. Surpreenda a si e aos outros e desfrute de uma vida mais intensa e prazerosa.

Que o CRIADOR seja contigo e em ti, hoje e em todos os teu dias!

F.I.M. – Fraternidade de Iluminadores do Mundo

sexta-feira, agosto 28

Educação Infantil


Formigas trabalhadoras

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Mais sobre o mundo animal
Reportagens
    Plano de aula
    Objetivos
    - Conhecer a rotina de um formigueiro e sua organização social.
    - Promover o contato com o procedimento científico por meio da pesquisa e da observação.

    Conteúdo
    Formigas: organização e divisão de tarefas.

    Anos
    Pré-escola.

     Conhecendo a vida de insetos

    Ao observar a rotina de trabalho e o modo de vida das formigas, as crianças descobrem como são organizadas as sociedades


    E PERTINHO A turma da EM Inês Cardoso da Silva ficou conhecendo a rotina das formigas de verdade. Fotos: Fabio Medeiros
    O dia amanhece. Os operários seguem em direção ao trabalho. Alguns se ocupam da faxina, enquanto outros se responsabilizam pela segurança, fazem pequenos reparos em moradias, transportam alimentos etc. Assim como a rotina dos seres humanos, essa é a vida de abelhas, formigas, vespas e cupins, os chamados insetos sociais. Um assunto rico para ser explorado com as crianças da pré-escola a respeito da natureza e da sociedade, temas que, no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, englobam conteúdos como seres vivos e organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar.
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    Reportagens
      Planos de aula
        "Relacionando o cotidiano e as relações humanas com a organização social presentes na natureza, o educador estimula a compreensão das diferentes funções, normas e responsabilidades que regulam a vivência em grupo", afirma Denise Tonello, professora do Colégio Miguel de Cervantes, na capital paulista. Ao perceber que animais tão pequeninos se comportam de modo parecido com os homens, as crianças naturalmente passam a compará-los com sua família:

        - As operárias trabalham. A rainha é a mãe. E os soldados são os guardas.

        O assunto ainda abre espaço para introduzir os procedimentos básicos da pesquisa científica, mesmo não sistematizados. "O comportamento exploratório das crianças favorece o desenvolvimento de uma postura questionadora", explica Celi Dominguez, professora do curso de licenciatura em Ciências da Natureza da Universidade de São Paulo (USP

        Dez Mandamentos do Professor

        Dez Mandamentos do Professor
        1 ESQUEÇA A BUROCRACIA
        Acabou a idéia de que planejar é ir a reuni›es chatas em que o professor se sente como um carimbador de papéis. "Antes o plano vinha pronto, em pacotes", comenta Regina Scarpa, formadora de professores há dez anos. "Hoje quem leciona tem espaço para criar."
        2 CONHEÇA BEM DE PERTO O SEU ALUNO
        Para planejar, é preciso conhecer as condições e os interesses dos estudantes. "Pergunte-se sempre: 'O que meu aluno deve e pode aprender?' ", indica Marcos Lorieri, professor da PUC de São Paulo.
        3 FAÇA TUDO OUTRA VEZ (E MAIS OUTRA)
        O plano de ensino é um documento pronto, que serve de base para o planejamento. Já o planejamento é um processo. Ele deve ser sempre alterado, de acordo com as necessidades da turma.
        4 ESTUDE MUITO PARA ENSINAR BEM
        "Uma pessoa só pode ensinar aquilo que sabe", sentencia Marcos Lorieri. Por isso, veja se você conhece bem os assuntos de que vai tratar. Claro que também é preciso saber como ensinar.
        5 COLOQUE-SE NO LUGAR DO ESTUDANTE
        Quando pensar numa aula, tente se colocar no lugar do estudante. Você deve saber se os temas trabalhados em sala são importantes do ponto de vista do aluno.
        6 DEFINA O QUE É MAIS IMPORTANTE
        "Dificilmente será possível trabalhar todos os conteúdos com toda a turma", afirma Lorieri. Os critérios para estabelecer o que é mais importante ensinar devem ser as necessidades e as dificuldades dos alunos. "Dificilmente será possível trabalhar todos os conteúdos com toda a turma", afirma Lorieri. Os critérios para estabelecer o que é mais importante ensinar devem ser as necessidades e as dificuldades dos alunos.
        7 PESQUISE EM VÁRIAS FONTES
        Toda aula requer material de apoio. Reserve tempo para pesquisar. Busque informações em livros, jornais, revistas, discos, na internet ou em qualquer fonte ligada a seu plano de trabalho, sem preconceitos.
        8 USE DIFERENTES MÉTODOS DE TRABALHO
        O professor deve aplicar diferentes métodos, como aulas expositivas, atividades em grupo e pesquisas de campo. "Combinar várias formas de trabalho é a essência da arte de ensinar", define Marcos Lorieri.
        9 CONVERSE E PEÇA AJUDA
        Seu coordenador precisa ajudar você a planejar. Ele deve contribuir para que seu trabalho seja coerente com o projeto pedagógico da escola. Conversar com os colegas também é útil. Aproveite as reuniões.
        10 ESCREVA, ESCREVA, ESCREVA
        Uma boa idéia para analisar o que está ou não está dando certo em seu trabalho é comprar um caderno e anotar, no fim do dia, tudo o que você fez em classe, suas dúvidas e seus planos. Esse é um modo prático de atualizar o planejamento.
        Fonte: Revista Nova Escola        

        Plano de Aula: uma bússola para dirigir bem seu dia-a-dia

        Plano de Aula: uma bússola para dirigir bem seu dia-a-dia
        Mesmo para um professor experiente, é impossível entrar em classe sem antes planejar a aula. É por isso que os profissionais que entendem bastante de didática insistem na idéia de planejamento como algo que requer horário, discussão, esquematização e certa formalidade
        fonte: blogue O mundo da alfabetização (maio/2008)


        Agindo assim, tem-se uma garantia de que as aulas vão ganhar qualidade e eficiência. "O professor fica mais seguro e logo percebe a diferença na aprendizagem e até na disciplina", afirma Cecília Mate Hanna, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
        Tecnicamente, plano de aula é a previsão dos conteúdos e atividades de uma ou de várias aulas que compõem uma unidade de estudo. Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação da tarefa e o material que precisa estar à mão. "Esses detalhes fazem toda a diferença e garantem 90% do aprendizado dos alunos", diz Patrícia Diaz, coordenadora pedagógica do programa Escola que Vale, do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.

        O plano de aula se articula com o planejamento - a definição do que vai ser ensinado num determinado período, de que modo isso ocorrerá e como será a avaliação. O planejamento, por sua vez, se baseia na proposta pedagógica, que determina a atuação da escola na comunidade: linha educacional, objetivos gerais etc. (leia reportagem sobre o tema na edição 181, de abril).
        Portanto, o plano de aula se encontra na ponta de uma seqüência de trabalhos. Esse encadeamento torna possível uma prática coerente e homogênea, além de bem fundamentada.

        Tema, objetivo e avaliação devem ser definidos

        Antes de partir para o plano de aula, é preciso dividir em etapas o planejamento de um determinado período (bimestre ou quadrimestre, por exemplo). Com uma idéia do todo, fica mais fácil preparar o plano conforme o tempo disponível. Não há modelos certos ou errados. Os planos de aula variam segundo as prioridades do planejamento, os objetivos do professor e a resposta dos estudantes. Mesmo assim, é possível indicar os itens que provavelmente constarão de um plano de aula proveitoso.

        Um dos primeiros tópicos da lista deve ser o próprio assunto a ser tratado. Logo em seguida vêm os objetivos da atividade e que conteúdos serão desenvolvidos para alcançá-los. As possíveis intervenções do professor (como perguntas a fazer), o material que será utilizado e o tempo previsto para cada etapa são outros itens básicos.

        Finalmente, é preciso verificar a eficiência da atividade. A única forma de fazer isso é avaliar o aluno. O critério de avaliação também é flexível. "Avaliar apenas com base na expectativa definida lá no começo pode tornar o trabalho superficial", adverte Patrícia. Da avaliação dependem os ajustes a serem feitos no processo. Eles são fundamentais para que a aula dê certo. "Ela não pode ser muito fácil nem muito difícil, mas um desafio real para o aluno."

        Planejar dá mais experiência para antecipar o que pode acontecer. Com base nisso, o professor se prepara para os possíveis caminhos que a atividade vai tomar. Não é desejável prever cada minuto da aula. Os planos vão se construindo a cada etapa, dependendo do que foi percebido na etapa anterior. Se o plano de aula não prevê tempo e espaço para os alunos se manifestarem, a possibilidade de indisciplina é grande - e de aprendizado problemático também. "O plano de aula dá abertura para lidar com o imprevisível sem perder o pé", diz Cecília Hanna. "É um fio condutor para onde sempre se volta."

        Os alunos não são os únicos modificados pelo aprendizado. Reservando um tempo depois da aula para refletir sobre o que foi feito, você tem oportunidade de rever sua prática pedagógica. Se o trabalho for acompanhado por um orientador ou coordenador pedagógico, tem-se um dos melhores meios de formação em serviço. Portanto, o plano de aula é uma bússola para que você conduza da melhor forma seu dia-a-dia profissional.

        NOVA ORTOGRÁFIA

        NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: O QUE MUDOU?
        "O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever,
        mas aquele que não consegue aprender, desaprender, e reaprender."
        Alvin Toffler
        Ao longo dos anos, muita coisa já mudou no jeito de falar e escrever a Língua
        Portuguesa. O acordo que muda a nossa ortografia foi assinado entre: Angola, Brasil,
        Cabo-Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste
        e tem o intuito de unificar a ortografia oficial dessas nações, aproximando ainda mais
        seus povos.
        A partir de agora veja as mudanças previstas no Acordo Ortográfico em vigor.
        Você sabe o que o acordo provocou em nosso alfabeto?
        O acordo prevê que o alfabeto passe de 23 para 26 letras. Veja como fica.
        Serão incorporadas oficialmente as letras: K, W e Y, porém, seu emprego limita-se a
        apenas algumas situações, o que já acontece atualmente. Veja onde empregá-las:
        • na escrita de palavras e nomes estrangeiros já incorporados à língua portuguesa,
        bem como em nomes de pessoas e seus derivados como: William, Kaiser, Franklin,
        frankliniano, Darwin, darwinismo, Wagner, wagneriano, download, Byron,
        byroniano, megabyte, playground, Taylor, taylorista, Kung fu, show,
        Washington, Yokohama.
        • na escrita de símbolos, siglas, abreviaturas e palavras adotadas como unidades de
        medida internacionais.
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        Exemplos: km (quilômetro), KLM (companhia aérea), K (potássio), kg (quilograma), W
        (watt), www (sigla de world wide web, expressão que é sinônimo para a rede mundial
        de computadores).
        Observe na prática: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z.
        TREMA ( ¨ )
        A pronúncia continua a mesma, porém o sinal gráfico de dois pontos ( " ), o “trema”,
        usado em cima do u para indicar que essa letra deve ser pronunciada nos grupos que,
        qui, gue e gui, deixa de existir na língua portuguesa. Veja alguns casos.
        Antes Depois
        agüentar aguentar
        argüir arguir
        bilíngüe bilíngue
        cinqüenta cinquenta
        delinqüente delinquente
        freqüente frequente
        lingüiça linguiça
        sagüi sagui
        seqüestro sequestro
        tranqüilo tranquilo
        O trema permanece em nomes próprios de ordem estrangeira e em seus derivados
        como: Bündchen, Müller, mülleriano.
        ACENTUAÇÃO
        Acento agudo ( ´ )
        O acento agudo não será mais usado em palavras da língua portuguesa em três casos.
        1º caso
        Nos ditongos abertos éi (ei) e ói (oi) das palavras paroxítonas.
        Programa CIEE de Educação a Distância
        3
        Exemplos:
        Antes Depois
        apóia (verbo apoiar) apoia, apoio
        alcatéia alcateia
        assembléia assembleia
        bóia boia
        celulóide celuloide
        colméia colmeia
        jóia joia
        idéia ideia
        jibóia jiboia
        Atenção! Essa regra é válida apenas para as palavras paroxítonas, ou seja, continuam
        a ser acentuadas (tanto no singular quanto no plural) as palavras oxítonas terminadas
        em: éis, éu, éus, ói, óis. Observe os exemplos: papéis, troféu, troféus, herói, heróis,
        chapéu, chapéus, anéis, dói, céu etc.
        2º caso
        Nas palavras paroxítonas com i e u tônicos que formam hiato com a vogal anterior
        quando esta faz parte de um ditongo. Veja alguns exemplos:
        Exemplos:
        Antes Depois
        baiúca baiuca
        boiúna boiuna
        guaíba guaiba
        feiúra feiura
        Atenção! As letras i e u continuam a ser acentuadas se estiverem em posição final ou
        formarem hiato, mas estiverem sozinhas na sílaba ou seguidas de s. Exemplos: baú,
        baús, saída.
        No caso das palavras oxítonas nas mesmas condições descritas anteriormente, o
        acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
        Programa CIEE de Educação a Distância
        4
        3º caso
        Não será mais usado o acento agudo no u tônico precedido das letras g ou q e seguido
        de e ou i. Na língua portuguesa esses casos são pouco frequentes, encontramos
        apenas nas formas verbais de arguir e redarguir.
        Exemplos:
        Antes Depois
        argúis arguis
        argúem arguem
        redargúis redarguis
        redargúem redarguem
        Alguns verbos permitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo,
        do presente do subjuntivo e também do imperativo. Esse é o caso dos verbos
        terminados em guar, quar e quir, veja: aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
        enxaguar, obliquar, delinquir etc.
        Atenção: se pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
        Veja alguns casos:
        Verbo enxaguar Verbo delinquir
        Enxáguo delínquo
        enxáguas delínques
        enxágua delínques
        enxáguam delínque
        enxágue delínquem
        enxágues delínqua
        enxáguem delínquas
        delínquam
        Caso sejam pronunciadas com u tônico, essas formas não devem ser acentuadas. Veja
        o exemplo e leia a letra em negrito como tônica:
        Programa CIEE de Educação a Distância
        5
        Verbo enxaguar Verbo delinquir
        enxaguo delinquo
        enxaguas delinqües
        enxágua delinque
        enxaguam delinqüem
        enxague delinqua
        enxagues delinquas
        enxaguem delinquam
        Importante: No Brasil, a pronúncia habitual é a primeira, ou seja, com a e i tônicos.
        ACENTO DIFERENCIAL - circunflexo (^) ou agudo (´)
        O acento diferencial – circunflexo (^) ou agudo (´) é utilizado para identificar mais
        facilmente palavras homógrafas.
        Antes de o acordo ortográfico entrar em vigor, o acento diferencial era usado para
        distinguir palavras como:
        • pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo) = pelo
        • péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição como o artigo);
        • pólo (o substantivo) e polo (a união antiga e popular de por e lo);
        • pêra (o substantivo) e péra (o substantivo arcaico que significa pedra), em oposição a
        pera (a preposição arcaica que significa para);
        • pára (forma verbal) e para (preposição).
        Como era Como fica
        Ela pára a bicicleta. E l a para a bicicleta.
        Ele gosta de jogar pólo. E le gosta de jogar polo.
        Viajo hoje para o Pólo Norte. Viajo hoje para o Polo Norte.
        O cão tem um lindo pêlo. O c ão tem um lindo pelo.
        Gosto de pêra. G o s to de pera.
        Fique atento! Duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo o acento
        diferencial: Veja quais são elas:
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        • pôr (verbo) permanece o acento circunflexo para que não seja confundido com a
        preposição por;
        • pôde ( verbo conjugado no passado) continua com o acento circunflexo para que não
        haja confusão com pode (mesmo verbo conjugado no presente).
        Um outro ponto muito importante é que também permanecem os acentos usados para
        diferenciar o singular e o plural dos verbos ter e vir, bem como de seus derivados:
        manter, deter, reter, conter, convir, intervir, vir, advir etc.
        Continuam com o acento agudo nas formas que possuem mais de uma sílaba e estão
        no singular. Vamos aos exemplos:
        Ele tem duas casas. / Eles têm duas casas.
        Ele vem de muito longe. / Eles vêm de muito longe.
        Ele mantém a afirmação. / Eles mantêm a afirmação.
        Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
        Ele intervém sempre. / Eles intervêm sempre.
        Observação: em fôrma / forma, o acento é facultativo.
        Acento circunflexo (^)
        O acento circunflexo não será mais usado nas palavras terminadas em oo.
        Exemplos:
        Antes Depois
        enjôo enjoo
        vôo voo
        abençôo abençoo
        magôo magoo
        perdôo perdoo
        dôo doo
        Programa CIEE de Educação a Distância
        7
        povôo povoo
        zôo zoo
        Também deixam de ter o acento circunflexo palavras da terceira pessoa do plural do
        presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos dar, ver, ler crer e seus derivados.
        Exemplos:
        Como era Como fica
        crêem creem
        dêem deem
        lêem leem
        vêem veem
        descrêem descreem
        relêem releem
        HÍFEN
        Não se usará mais o hífen nos seguintes casos:
        - quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com s ou r. Essas
        consoantes deverão ser duplicadas:
        Ex.: contra-regra / contrarregra, contra-senha / contrassenha, ante-sala / antessala,
        anti-social / antissocial, anti-rugas / antirrugas, anti-semita / antissemita, auto-retrato /
        autorretrato.
        Exceção
        O hífen deve ser mantido quando os prefixos terminam em r e a primeira letra do
        segundo elemento for r, ou seja, hiper, inter e super. Veja: inter-resistente, superrevista,
        hiper-requintado.
        - quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com uma vogal
        diferente.
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        Exemplos:
        • extraescolar
        • aeroespacial
        • autoescola,
        Usa-se o hífen nos seguintes casos:
        - o prefixo terminar com vogal diante de H.
        Ex.: anti-higiênico; super-homem; sobre-humano.
        EXCEÇÃO: subumano
        - o prefixo terminar em vogal, diante de vogal igual, contra-ataque; micro-ondas.
        Atenção! Não usamos mais o hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de
        composição.
        Exemplos: manda-chuva / mandachuva, pára-quedas / paraquedas, pára-lama /
        paralama, pára-vento / paravento.
        Dica: você sempre deve usar o hífen em palavras formadas pelos prefixos ex, vice e
        soto:
        • ex-aluno
        • vice: vice-presidente
        • soto: soto-mestre
        Em palavras iniciadas por: circum e pan, diante de palavras iniciadas por vogal, e M ou
        N:
        • Pan-americano
        • circum-navegação
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        Em palavras formadas pelos prefixos: pré, pró e pós diante de palavra com significado
        próprio:
        • pós: pós-graduação
        • pré: pré-vestibular
        • pró: pró-reitor
        Em palavras formadas pelas palavras além, aquém, recém e sem
        • além: além-fronteiras
        • aquém: aquém-mar
        • recém: recém-casado
        • sem: sem-terra
        Uma outra dica muito importante é que não se usará mais o hífen em locuções de
        qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou
        conjuncionais). Observe alguns exemplos:
        • cão de guarda
        • fim de semana
        • café com leite
        • sala de jantar
        Cuidado com as exceções à regra, veja:
        • água-de-colônia
        • arco-da-velha
        • cor-de-rosa
        • ao - deus-dará
        • à - queima-roupa
        • mais-que-perfeito
        • pé-de-meia
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        Resumo do curso: Novo Acordo Ortográfico: o que mudou?
        Alfabeto: passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras: K, W E Y.
        Não se usará mais acento agudo:
        •nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas.
        Exemplos:“assembleia” e “ideia”;
        • nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicas, depois de um de ditongo.
        Exemplos: “feiúra;
        DICA: oxítonas terminadas em éis, éu(s) e ói (s) continuam sendo acentuadas. Ex.: herói,
        papéis.
        Não se usará mais o acento circunflexo:
        • no hiato oo.
        Exemplos: enjoo, voo;
        • no hiato ee nas flexões dos verbos: crer- ler- dar - ver:
        Exemplos: leem, creem.
        Não se usará mais o acento diferencial para diferenciar:
        pára(verbo) para(preposição)
        péla(verbo) pela (preposição)
        pêra(substantivo) pera(preposição)
        pêlo(substantivo) pelo(preposição)
        pólo(substantivo) polo (preposição)
        EXCEÇÃO: é mantido o acento na palavra "pôde" para diferenciar do "pode" e em pôr /
        por.
        Hífen
        Não será mais usado:
        • quando o segundo elemento da palavra começa com "s" ou "r", essas consoantes, devem
        ser duplicadas.
        Exemplos: contrarregra (antes: contra-regra), antissocial (antes: anti-social);
        • quando a vogal que encerra o prefixo for diferente da que inicia a palavra seguinte;
        Exemplos: auto-escola = autoescola, extra-oficial = extraoficial;
        • são escritas sem hífen palavras que já não são mais percebidas como partes de uma
        palavra maior:
        Exemplos: paraquedas, mandachuva (antes: pára-quedas, manda-chuva);
        Use o hífen quando:
        - o prefixo terminar com vogal diante de H.
        Exemplos: anti-higiênico; super-homem; sobre-humano.
        EXCEÇÃO: subumano
        - prefixos terminados em vogal, diante de vogal igual, contra-ataque; micro-ondas.
        DICA: o hífen será mantido depois dos seguintes prefixos:
        - além - recém - pós
        - pró - ex -vice
        - aquém - sem - pré
        Trema
        • deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados:
        Exemplos: pinguim, tranquilo (antes: pingüim, tranqüilo).
        Programa CIEE de Educação a Distância
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        Referências Bibliográficas
        TUFANO, Douglas. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Ed. Melhoramentos.
        2008.
        HENRIQUES, Cláudio Cezar. A Nova Ortografia. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier/ Campus,
        2009.
        Acordo Ortográfico. PORTAL DA LINGUA PORTUGUESA. Disponível: http://www.portal
        dalinguaportuguesa.org (31 de outubro de 2008).
        Perguntas e respostas sobre o Acordo Ortográfico. JORNAL PÚBLICO. Disponível: htt
        p://static.publico.clix.pt/docs/cultura/acordoortografico.aspx (03 de novembro de 2008).
        Reforma Ortográfica. VEJA.COM EDUCAÇÃO. Disponível: http://veja.abril.com.br/educ
        acao/reforma-ortografica/acento-diferencial.html ( 10 de novembro de 2008)
        Para obter mais informações sugerimos que você consulte:
        Manual da nova ortografia
        http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/Esp_021/aberto/novo-jeito-escrever-
        306810.shtml
        Wikipedia
        http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990
        Academia Brasileira de Letras
        http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home

        educação e mudança(resumo do livro do PAULO FREIRE)

        Método Paulo Freire

        Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



        Método Paulo Freire: alfabetização pela conscientização
        O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo  que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a catrtigo como ferramenta central da  didatica para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.

        Etapas do método

        1. Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.
        2. Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
        3. Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e a crítica do mundo, para uma postura conscientizada.

        O método

        • As palavras geradoras: o processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar entre 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, apresenta-se elas em cartazes com imagens. Então, nos c inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma.
        • A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. (i.e., BA-BE-BI-BO-BU)
        • As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas.
        • A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. Para Paulo Freire, alfabetizar não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação. Dessa forma, o objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social.

        As fases de aplicação do método

        Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes
        • 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.
        • 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa seqüência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.
        • 3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.
        • 4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem no entanto seguir uma prescrição rígida.
        • 5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras.

        História

        Freire aplicou publicamente seu método, pela primeira vez no Centro de Cultura Dona Olegarinha, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular  Foi aplicado inicialmente com 5 alunos, dos quais três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 desistiram antes de concluir. Baseado na experiência de Angicos, onde em 45 dias alfabetizaram-se 300 trabalhadores, João Goulart, presidente na época, chamou Paulo Freire para organizar uma Campanha Nacional de Alfabetização. Essa campanha tinha como objetivo alfabetizar 2 milhões de pessoas, em 20.000 círculos de cultura, e já contava com a participação da comunidade - só no estado da Guanabara (Rio de Janeiro) se inscreveram 6.000 pessoas. Mas com o Golpe de 64 toda essa mobilização social foi reprimida, Paulo Freire foi considerado subversivo, foi preso e depois exilado. Assim, esse projeto foi abortado. Em seu lugar surgiu o mobral, uma iniciativa para a alfabetização, porém, distinta dos ideais freirianos.

        Notas e referências

        1. Educação Como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1967 (19 ed., 1989)
        • Livro: O que é método Paulo Freire.
        Autor: Carlos Rodrigues Brandão (editor). São Paulo, Brasiliense, 1981.



        Educação E Mudança
        (Paulo Freire)


        Não é possível fazer uma reflexão sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem . O cão e a árvore também são inacabados , mas o homem se sabe inacabado por isso se educa . A educação é uma resposta da finitude da infinitude . A educação é possível para o homem , porque este é inacabado e sabe-se inacabado . Isto leva-o A sua perfeição . O homem deve ser sujeito de sua própria educação , ninguém educa ninguém , o homem como ser inacabado , está em constante busca com outros seres . A sabedoria parte da ignorância . Não há ignorantes absolutos . Se num gropo de camponeses conversamos sobre colheitas , devemos ficar atentos para a possibilidade de eles saberem muito mais do que nós . Devemos analisar diferentes grupos , pois não podemos julgar as pessoas como ignorantes , cada uma tem algo a nos ensinar , o que falta a essas pessoas é um saber sistematizado . Com base no inacabamento , nasce o problema da esperança e da desesperança . Eu espero na medida em que começo a busca , pois não seria possível buscar sem esperança . Uma educação sem esperança não é educação . Aqui nos diz sobre a importância da esperança na educação , pois através dela haverá mudanças . Lembrando também a esperança na educação dos camponeses . Sobre o homem, Paulo Freire afirma que estehomem está no mundo e em relação como mundo. Se apenas estivesse no mundo não haveria transcendência nem se objetivaria a si mesmo . O animal não é um ser de relações , mas de contatos . Está no mundo e não com o mundo . Aqui encontramos uma diferença entre o homem e o animal , pois o homem está no mundo e com o mundo tendo relações , enquanto o animal apenas está no mundo e tem contatos . Estes contatos são sensoriais na medida em que o animal não é capaz de refletir sobre as sensações oriundas dos seus sentidos. A primeira característica desta relação é de refletir sobre este mesmo ato . Reflexão do homem face a realidade . A Segunda característica é a conseqüência resultante da criação e recriação que assemelha o homem a Deus . As relações do homem são também temporais e transcendentais . Esse livro enfoca a análise que Paulo Freire faz do sistema educacional no processo de mudança da sociedade . Freire começa seu trabalho referindo-se à responsabilidade do profissional de educação perante a sociedade , que desenvolve suas atividades e compromissos em colaborar com um processo de transformação. Assina-la também que a educação tem como elemento fundamental , como seu sujeito , o homem que busca , por meio dela , a superação de suas imperfeições , de seu saber relativo . Outra categoria de análise que encontramos em seu trabalho é o papel do trabalhador social em um processo de mudança , este tem uma atuação destacada na desmistificação da realidade distorcida , provocando o descobrimento da verdadeira dimensão na qual está imerso o trabalhador , o que poderá ser conseguido por meio da percepção crítica da realidade . Assim , mediante a conscientização dos indivíduos com os quais trabalho e de sua própria conscientização como produto do contato com eles , cumprirá o trabalhador social , o papel de agente de mudança . Freire comenta , os diferentes aspéctos que devem ser levados em cota no processo de alfabetização e conscientização de adultos . Relação íntima , dialética , com o contexto da sociedade onde se desenvolve este processo .
        A primeira característica por exemplo faz com que o homem , no caso o educando reflita sobre sua própria realidade e quando ele à compreende , é capaz de transforma-la . Já a Segunda característica nos mostra a capacidade que o homem tem de criar e recriar que o assemelha a Deus . A educação deve estimular a opção e afirmar o homem como homem . Adaptar é acomodar , não transformar . Em todo homem existe um ímpeto criador , que nasce da inconclusão do homem . Cabe a educação desenvolver este ímpeto de criador , devemos dar oportunidades para que os educandos sejam eles mesmos , desenvolver neles uma consciência crítica que permite o homem transformar a realidade . Quando uma sociedade está em constante mudança de seus valores , podemos afirmar que estamos em transição , ou seja , temos de saber o que fomos , o que somos para saber o que seremos . A sociedade fechada é aquela em que o ponto de decisão econômico de uma sociedade está fora dela e dentro de uma outra sociedade matriz que é a que tem opções , em troca , as demais sociedades só recebem ordens . É uma sociedade servil onde há alto índice de analfabetismo e desinteresse total pela educação básica dos adultos . essa sociedade é muito prejudicial para quem quer ter uma oportunidade na vida . Uma sociedade é alienada quando não tem consciência de seu próprio existir , ou seja, quando pretende imitar a outrem , já não é ele mesmo . Um profissional alienado é um ser inautêntico , não olha pra a realidade com critério pessoal , mas com olhos alheios . Por isso vive uma realidade imaginária e não a sua própria realidade objetiva .

        8⁰ aula: Partes da árvore 🌱